Ultimamente as empresas tem enfrentado uma enorme dificuldade para buscar alternativas de sobreviver em meio a um cenário de crise econômica e de imposição de adaptação a uma nova realidade. Nesse sentido, fazer a gestão de risco empresarial é ainda mais essencial.
Nessa nova situação os empreendedores devem ser criativos, contudo, não podem esquecer que todos os regramentos e legislações ainda estão válidos e, portanto, devem ser cumpridos. Infelizmente, muitos empresários acabam esquecendo dos riscos de suas condutas e deixam de fazer uma análise prévia delas, o que, muitas vezes, gera um prejuízo econômico futuro que já ocasionou a falência de diversas empresas.
A gestão de risco empresarial é um mecanismo que vai identificar e medir os riscos de uma certa atividade.
O que realmente é risco?
O termo “risco” vem do italiano “risico”, que, por sua vez, deriva do árabe clássico “rizq” “aquilo que se repara com a providência”, fazendo-se referência à proximidade de um possível dano.
Os eventos são ocorrências que podem gerar impactos positivos ou negativos. Caso o impacto seja positivo, fala-se que esse evento é uma oportunidade. Assim, uma empresa tem a oportunidade de ganhar um cliente, por exemplo.
Por sua vez, quando o impacto é negativo, fala-se que esse evento é um risco. Assim, uma empresa que não paga salário tem um risco de ser processada e isso lhe gerar um passivo trabalhista.
É bom diferenciar, por fim, que o risco é diferente de fator de risco. Uma empresa ganhar uma licitação não é, por si só, um risco de que vá ser envolvida com corrupção, em especial, se ela possui mecanismos fortes para evitar desvios. Contudo, é inegável que a interação com autoridades públicas é um fator de risco que pode materializar ou não o risco de corrupção, a depender da existência de mecanismos de prevenção.
O que analisar em uma gestão de risco empresarial
Podemos dizer que ao abrir uma empresa o empreendedor passará a correr diversos riscos de prejuízos financeiros caso a sua conduta seja inadequada.
Riscos de negócios
Esses riscos dizem respeito, muitas vezes, a questões relativas à própria dinâmica do que se entende por empreendedor.
Trata-se de verificar a viabilidade econômica do empreendimento, se o investimento será suficiente para permitir o crescimento da empresa enquanto ela não está dando lucro, as previsões de faturamento e crescimento do mercado, etc. Esse tipo de risco os empreendedores costumam a conseguir analisá-los melhor, em especial, aqueles que tenham uma capacidade de visualizar o mercado e as oportunidades.
Riscos operacionais
Envolvem, sobretudo, as dificuldades que uma empresa pode enfrentar ao tirar o seu negócio do papel, seja porque não há mão de obra qualificada suficiente, ou porque ela é muito cara, ou ainda a possibilidade de desabastecimento de matéria prima.
Aqui o que se analisa é a própria operação prática, visto que apenas a idéia do negócio não é capaz de torná-lo viável. Assim, uma empresa que queira vender roupas de luxo pode ter, por exemplo, sua operação afetada pela dificuldade de comprar insumos em sua região.
Riscos de compliance
Eles variam de empresa para empresa, em especial, porque leva em consideração o modelo de negócio específico e a área de atuação. Empresas que atuam com licitações correm o risco de verem sua reputação manchada caso estejam envolvidas com corrupção e fraudes; ou, ainda, empresas que tem funcionários correm o risco de sofrerem processos judiciais caso não estejam cumprindo os direitos básicos de seus colaboradores, etc.
Portanto, estar exposto a riscos faz parte de quem empreende. Sempre haverá um risco, seja ele qual for, mas é preciso que ele seja calculado para saber se a empresa é capaz de enfrentá-lo. Por isso é importante fazer a gestão de risco empresarial de forma eficiente.
Isso vale não apenas para empreendimentos, mas para a nossa vida. Nós sabemos do risco que corremos ao dirigir um carro (ex: acidentes, roubo, problemas mecânicos). Mas, nem por isso deixamos de utilizá-lo porque o benefício que ele traz é maior que os eventuais problemas.
Em especial, quando fazemos um mapeamento dos riscos e diminuímos os riscos que estão em nossas mãos (ex: respeitando leis de trânsito, fazendo seguro do veículo, evitando passar por locais perigosos).
A sua empresa também deve administrar os riscos por meio de um mapeamento que irá analisar os riscos que podem gerar maiores prejuízos e que são mais presentes no seu modelo de negócio.
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Ferramentas práticas para gestão de risco empresarial
As pequenas e médias empresas podem estar expostas a diversos riscos, contudo, nessa época de pandemia é evidente que um dos riscos principais referem-se ao não cumprimento de orientações de normas trabalhistas que podem gerar processos judiciais e o descontentamento de seus funcionários.
Assim, é fundamental que a empresa verifique sua conformidade com as normas trabalhistas e na promoção de um ambiente trabalho seguro e saudável.
O Governo Federal lançou uma plataforma que permite que o empresário responda e veja seu grau de conformidade por meio de um autodiagnóstico.
Essa é uma ferramenta gratuita que as empresas podem utilizar para análise de seus riscos. Contudo, é fundamental que ela note a importância da presença de um profissional para que além de medir os riscos, ela possa implementar as medidas para reduzir esses riscos.
Conte com o compliance para a gestão de risco empresarial
Através de um programa de compliance, a empresa cria uma cultura ética de conformidade com as leis evitando riscos com processos judiciais. Além é claro, de aumentar a produtividade.
Uma das primeiras etapas ao planejar o compliance é a análise de riscos da empresa. Muitas vezes as empresas falham apenas por desconhecerem os riscos que correm. Ou ainda, por desconhecerem a relevância desses riscos e o impacto que podem gerar para a empresa. Entre em contato com nossas especialistas pelo Whatsapp e saiba como o compliance pode ajudar na gestão de risco empresarial de seu negócio.